EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ- AEE PS-
Elizane Batista Alves Albuquerque[1]
Apresenta-se
neste texto um breve resumo sobre a educação de pessoas com surdez.
O
AEE PS na perspectiva inclusiva é um serviço complementar que oferece
possibilidades de aprendizagem à pessoa com surdez. Segundo, Damázio e Ferreira
(2010):
“É importante frisar
que a perspectiva inclusiva rompe fronteiras, territórios, quebra preconceitos
e procura dar ao ser humano com surdez, amplas possibilidades sociais e
educacionais”
A
pessoa com surdez não deve ser considerada como um deficiente, pois é apenas
uma pessoa com surdez, conforme relato de Damázio e Ferreira (2010 p. 47) diz:
“Não vemos a pessoa com surdez como
deficiente, pois ela não é, mas tem perda sensorial auditiva, ou seja, possui
surdez, o que a limita biologicamente para essa função perceptiva”.
Sabe-se
ainda que existe certa dicotomização entre pessoas com surdez e ouvintes,
fazendo com que o potencial e a capacidade de aprendizagem da pessoa surda seja
negligenciado, mas o AEE PS veio para mudar essa realidade, desenvolvendo seu
trabalho em conjunto com o professor de sala de aula comum, para que o aluno
surdo seja compreendido em suas dificuldades.
Diante
disso vale lembrar que o ambiente escolar das pessoas com surdez deve ser
estimulador, com profissionais qualificados e com práticas pedagógicas
adequadas para facilitar a compreensão e o aprendizado do aluno com surdez.
Pois de acordo com Damázio e Ferreira (2010 p. 50):
“O
fracasso do processo educativo das pessoas com surdez é um problema da
qualidade das práticas pedagógicas e não um problema somente focado nessa ou
naquela língua”.
No
Atendimento Educacional Especializado de PS, o professor de AEE reconhece e
compreende o potencial e a capacidade do aluno surdo em desenvolver sua
aprendizagem, fazendo com que o mesmo compreenda com mais facilidade os
conteúdos escolares, como também contribui com a interação e a comunicação
entre professor, colegas e o aluno com surdez e ainda respeita os princípios
pedagógicos essenciais que dão acesso às duas línguas.
O
professor de AEE trabalha com registros e diagnósticos do aluno com surdez, em
seguida é feito o plano de AEE, onde segundo Damázio deverá ser envolvidos o
três momentos didáticos pedagógicos:
-
AEE em libras, o aluno surdo é atendido
na SRM em horário oposto a sua escolarização, onde o professor de AEE irá
trabalhar com ele conteúdos curriculares em libras que estão sendo utilizados
na classe comum, em articulação com o professor regente, utilizando-se de meios
e recursos didáticos que favoreçam a compreensão dos conteúdos pelo aluno com
surdez.
-
AEE de Libras é feito um diagnóstico no aluno
também em horário oposto a sua escolarização, onde o atendimento é planejado
conforme esse diagnóstico do conhecimento do aluno em relação a libras. Depois
da avaliação inicial, o professor de Libras precisa pensar na organização
didática que implica o uso de imagens e de todo tipo de referências. No
atendimento os alunos surdos se interagem e vivenciam diálogos e trocas
simbólicas. O professor de AEE avalia de forma sistemática a aprendizagem do
aluno em libras e também o emprego de termos técnico-científicos de acordo com o
ano em que se encontra.
-
AEE para o ensino de Língua Portuguesa
esse momento acontece também em SRM em horário oposto a sua escolarização,
envolvendo a articulação do professor de AEE e da sala comum. No AEE em relação
ao ensino da língua Portuguesa, pretende desenvolver a competência gramatical
ou lingüística, bem como textual, nas pessoas surdas, para gerar seqüências
lingüísticas bem formadas. A SRM neste aspecto deverá ser organizada com
riqueza de materiais e recursos visuais (imagéticos), com amplo acervo textual
em língua portuguesa e com dinamismo e criatividade na elaboração dos
exercícios.
Portanto
o AEE PS oferece métodos e recursos necessários de aprendizagem ao aluno com
surdez de forma com que o mesmo consiga aprender conforme suas possibilidades.
Referencias:
DAMÁZIO,
M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento
Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC,
V.5, 2010.
1. Professora
na Sala de Recursos Multifuncional da Escola Municipal Estevão Castro -
Licenciada em Pedagogia com Habilitação em docência nos anos iniciais do ensino
fundamental e Supervisão Educacional pela Fundação Universidade do Tocantins – Unitins
- Educon – Cursista do Curso de Especialização em Atendimento Educacional
Especializado pela UFC. Email: zane2412@hotmail.com